segunda-feira, 13 de julho de 2020

Uma sequência para chorar (Parte 1) - Elfen Lied

Eu confesso, já chorei lendo mangás... três vezes na realidade... e não sei porque, hoje decidi falar da primeira...

Mesmo sendo uma história tecnicamente curta, mesmo focando em assuntos pesados, que vão desde o preconceito até o abuso infantil, mesmo sendo um festival de violencia sem fim, causada não apenas pela Lucy... aconteceu...

A personagem que me tocou para valer foi Nana, a Diclonius número 7... Ela foi a primeira de sua espécie que enfrentou Lucy e quase foi estraçalhada por ela... E quando os lideres do grupo de pesquisa viram que ela não era tão forte assim, decidiram descartá-la.

A ordem de matá-la foi dada diretamente ao diretor Kurama, que era a razão dela ser dócil, já que Nana o via como seu pai e fatalmente, ele que perdeu sua esposa e filha, acabou se apegando a ela também.

E qual foi a sequencia?

Ele mente e a leva para "um exame fisico", que na verdade é a aplicação de uma série de medicamentos e relaxantes...
E durante todo o tempo, Nana ri e conversa, enquanto ele assiste os remédios sendo ministrados...
Até que após a ultima injeção, Nana começa a ficar com sono e ocorre o diálogo que é de chorar...

- Papai, eu estou com sono...
- Não se preocupe, quando você acordar, o exame terá terminado...
- Não, mas... eu to... cansada...
- Sim, bons sonhos...
- Tá - ela disse, pegando na mão dele - Adeus...

ELA SABIA!!! Sabia que seu "papai" iria matá-la, e mesmo podendo se revoltar a qualquer instante, partindo todos eles ao meio, aceitou seu destino...

QUE PORCARIA!!! Na última cena, dele chorando com apenas os pés dela a mostra, eu também estava chorando que nem uma criança...

Eu descobri após virar pai, que qualquer coisa triste que envolve o relacionamento "pais e filhos", mexe muito comigo...












6 comentários:

  1. Caralho, q final mais cruel, eu nessa situação não me perdoaria, o cara ficou muito mal, parte dele alí morreu também

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    1. Com certeza... e um dos questionamentos deste mangá é até onde os Diclonius não são humanos... mas eles podem amar ou podem ser assassinos... nada nunca é simples...
      Mas a segunda parte, de outro mangá que falarei um dia destes, é muito pior... afinal, Kurama não era realmente o pai dela...

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    2. Eles demontram muito com poucas palavras

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  2. Este mangá tem cenas tristes, que nos faz pensar. Ele foi cruel e não vai se perdoar por ter feito isso.

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    1. Sim, acho impressionante a facilidade como os autores conseguem contar histórias tristes... o povo japonês é tão inteligente, disciplinado e ao mesmo tempo, tão melancólico...
      Sim, ele não queria fazer isso e essa atitide vai ter várias consequências...

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