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Minha Linda Baterista - Capítulo II – Cachorrinho
O show de abertura foi fantástico, Lucy estava melhor do que nunca... ela cantava e tocava com tanta paixão que não importava quantas vezes ouvisse sua voz melodiosa, em todas elas, ficava emocionada e chorava.
Minha menina me enchia de orgulho e só podia me sentir grata por ela estar na minha vida... e mesmo com todo o esforço e concentração necessários para cantar e tocar, minha gatinha ainda conseguiu achar o camarote onde estava para me mandar um beijo (isso me fez chorar novamente). Considerando sua performance, tenho certeza absoluta que aquele e–mail não foi lido, então só preciso pegar seu celular antes disso. E não demorou mais que uns vinte minutos para ela me encontrar, um pouco antes do início do show principal.
– Doutoraaaaa! – gritou ela, se jogando e me abraçando.
– Que foi linda? Tá feliz? – perguntei retribuindo.
– Simmm! Gostou do show? Juro que fiz meu melhor – respondeu, esfregando o rosto na minha barriga.
– Adorei... e agora, vamos assistir o principal? – perguntei dando um beijinho nela.
– Agora não! Vem comigo – respondeu, se levantando e me puxando.
– Para onde? – perguntei espantada.
– Já vai ver... vem!
Não tive muita alternativa a não ser obedecer e seguir Lucy pelo corredor dos camarotes até chegar na entrada de serviço da área dos artistas.
– Uma amiga me fez um favor, vem! – disse, abrindo a porta com a chave que estava em sua mão.
Não entendi nada, mas após passar por esta porta, ela me puxou para uma salinha que parecia um almoxarifado... e ao entrar, acendeu a luz e trancou a porta.
– Posso saber por que viemos pra cá? – perguntei sem realmente entender.
– Preciso da minha dona... – sussurrou, um segundo antes de se atracar comigo.
– Lucy... calminha... – tentei falar, mas era inútil... já a tinha visto nesse estado e creio que seu consciente tinha saído de férias.
Aparentemente tocar para tanta gente era muito excitante, então nem tentei resistir. Lucy me beijava com um apetite violento, enquanto arrancava minha roupa de forma selvagem.
Nesta noite, nada de preliminares ou amassos... assim que a calça saiu, a gatinha me deitou em uma mesa e fez o que sabe fazer melhor, chupar até me ouvir implorar para parar... e somente após notar que eu chegara neste ponto, que ela tirou a calça e veio sentar na minha boca para receber sua recompensa.
O que me espantou é que nesta noite ela estava muito, mas muito molhada... nem quero imaginar o que poderia acontecer se ela estivesse tão excitada e por perto só houvesse aquela putinha... e a prova mesmo, foi que ela gozou em tempo recorde, acho que não precisei lamber nem por um minuto. Em seguida, minha gatinha deslizou por cima do meu corpo e pediu arfando:
– Levanta a perna, Cristy!
Obedeci imediatamente e senti sua xaninha ensopada grudando na minha perna... ela adora ficar se esfregando enquanto me beija. E foi assim que gozou a segunda vez, esfregando com toda força, ao mesmo tempo em que alternava a lingua entre meus lábios e os bicos dos peitos. Aí, finalmente aquietou, deitou a cabeça e deixou minha perna doendo bastante... e eu sem fôlego e arfando.
– Lucy... cacete... o que foi isso?
– Não sei, Doutora... mas eu precisava... te amo, sabia? – foi a resposta, beijando o que conseguia naquela posição.
– Eu também... mas não vamos ver o show?
– Daqui a pouco – respondeu, enquanto eu podia sentir seu coração quase saindo pela boca. Fiquei quietinha e a deixei descansar... e demorou uns cinco minutos para ouvir sua voz de novo:
– Cristy... melhor você levantar e colocar a calça... se não...
– É pra já... – respondi, levantando rapidinho, pois sabia que ela falava sério... estava ouvindo o show e queria assisti–lo... e no hotel, teríamos todo o tempo do mundo para mais sexo.
– Pronto, vestida... podemos ir? Ah, enquanto você se arruma, posso ver uma coisa no seu celular? O meu descarregou.
– A vontade, é só ligar – respondeu, ainda deitada na mesa.
Realmente estava desligado, então não tinha como aquele e–mail ter sido lido... sem apressá–la, liguei o celular e corri no aplicativo do GMail que sincronizou... chegaram algumas mensagens novas, mas sobre aquele... não tinha nada... nem na caixa de entrada, lixo ou spam... respirei aliviada, talvez minha internet tenha oscilado e não mandou... bastava apagar no meu celular de todos os locais possíveis e nunca seria enviado... depois eu escrevia outro pra Pri, mas por hora, estava tranquila e feliz de verdade.
– Vamos gatinha! Quero ver o show no camarote... por favor! – pedi com um sorriso.
– Vamos! – respondeu, finalmente se levantando.
– Posso saber o que ligou seu modo tarada turbo? – perguntei rindo.
– Não sei, talvez a abertura pra tanta gente... junto com uma coisa que a Shirley falou.
– O que a pu... ela falou? – perguntei curiosa.
– Amanhã eu explico, mas ela tá torcendo pela gente... quer que eu seja feliz ao seu lado
– Lucy, primeiro de abril passou faz tempo – comentei, rindo.
– É sério, mas amanhã te explico. Vamos pro camarote? – falou juntamente com um sorriso delicioso.
– Vamos... sabia que amo minha gatinha tarada?
– Sua gatinha também ama a dona – respondeu enquanto me abraçava.
E fomos... assistimos o show... depois ficamos namorando (ela continuava animadona) no camarote até ficar mais fácil para sair... e bem mais tarde voltamos ao hotel... preferi não perguntar, pois Lucy disse que falaria amanhã, mas acreditar que aquela piranha arrombada torcia por nós... só mesmo minha ingênua gatinha para engolir essa.
No dia seguinte...
Que cansaço... acho que fomos dormir umas cinco da manhã... Lucy usou e abusou do meu corpo por horas e horas e agora me sentia quebrada... queria saber de onde ela tira tanto ânimo.
Olhei o relógio a pouco e já passava das 15:00 hs, perdemos apenas o café e almoço, mas não tenho forças para sair agora, então liguei na recepção e pedi alguns lanches para comermos por aqui mesmo.
– Dou... tora – balbuciou minha gatinha, ainda de olhos fechados.
– Tô aqui meu amor, tava pedindo uns lanches pra gente – respondi, deitando de volta e a abraçando.
– Eba! Lanches com minha dona... gatinha tá feliz – falou com um bocejo.
Deixei ela terminar de acordar, me dar vários beijos e ir fazer xixi, aí quando voltou mais animada, não resisti e perguntei:
– Então... ontem você disse que um dos motivos para seu modo tarada estar ligado era algo que a... aquela menina disse. Não vai me falar o que foi?
– Ah sim... sabe, a Shirley... eu já tive tantos problemas com ela, pois ela... err... como dizer?
Percebi sua hesitação, mas como não tinha muita paciência para este assunto, fui direta:
– Ela queria ficar com você.
– É... algo assim... mas ontem, ela disse que desejava minha felicidade e apoiava nosso casamento... aí depois do show ela veio me falar que queria ser sua amiga... isso que me deixou explodindo de felicidade... aí sugeri que vocês tomassem um café para conversarem melhor... e ela disse que queria falar com você hoje... e eu marquei as 17:00 hs pra vocês se encontraram no café que tem aí na frente do hotel.
– LUCY! – gritei de surpresa – Você marcou um encontro pra mim com essa... essa... sem me perguntar? Eu não acredito.
– Calma Cristy... é só uma conversa... queria tanto que vocês fossem amigas – foi a resposta com um abraço.
– E por que você quer que eu tenha amizade com esta... vagabunda?
– Tadinha, Doutora... no dia em que ela levanta a bandeira branca, você xinga? Assim você me decepciona – respondeu ela, soltando o abraço em um tom realmente triste. Creio que este tom na voz dela me acendeu um alerta, mas não sabia exatamente qual.
– Lucy... amor da minha vida, minha linda e querida esposa... só me explica por que você quer que sejamos amigas – falei com toda a paciência possível.
– Eu... eu gosto dela... a Shirley parece um cachorrinho... por mais que você chuta, ela volta pra pedir atenção... eu... gosto muito dela... só isso... eu não consigo evitar... de gostar dela – foi a resposta... e esta última frase acendeu um alerta maior ainda. Minha confiança em Lucy sempre foi total, mas considerando o contexto, a próxima questão foi inevitável:
– Lucy... eu entendo que você queira ter uma amiga que gosta de música, que tem uma idade e objetivos próximos ao seu... é normal tambem querer que sua esposa se dê bem com a amiga... mas se realmente formos ser amigas, eu preciso saber onde estou pisando... então quero que você seja totalmente sincera... o que já rolou entre vocês duas além da amizade?
– Nada... só... amizade – balbuciou ela, quase gaguejando. Um detalhe fofo da minha gatinha é que ela não sabia mentir nem por um segundo... parecia uma criança arteira que dá risada quando apronta.
– Lucy...
– Ah, Doutora, você já viu o que ela faz... me alisa, beija, abraça... isso é amizade, não? – disse ela sem convicção.
– Sim, mas... quando vocês estão sozinhas... o que já rolou?
– Errr... nada demais – foi a resposta hesitante.
– Lucy... vou repetir devagar e pela última vez... O–QUE–JÁ–RO–LOU? – perguntei com muito medo da resposta.
– Então... no estúdio... ela sempre... passa a mão em mim... rapidinho... é só brincadeira, não é? – foi a resposta de novo hesitante e quase chorando.
– Só isso?
– Doutora... você vai ficar... triste comigo... não quero... te deixar triste – foi o que entendi das palavras, já que agora ela chorava pra valer (e isso me deixava sensibilizada).
– Meu amor, não vou ficar triste... erros ou acidentes acontecem... vou facilitar, qual foi o momento mais intimo que vocês já tiveram? – perguntei da forma mais tranquila e compreensiva possível, mas já imaginando umas mil formas de como iria matar a puta que ousou mexer com minha esposa.
– Doutora... eu nunca contei... porque não queria te deixar triste... e só foi uma vez... eu juro que só foi uma vez – disse ela um pouco mais calma.
– Tá... pode contar meu amor – respondi mansamente enquanto mordia os lábios e apertava as mãos.
– Quando fechamos... o contrato da turnê... levaram champanhe... eu bebi muito... aí todos foram embora... eu fui tomar banho e ela tinha ficado escondida... e ela... entrou no banho e me agarrou... eu não lembro direito... aí a beijei por uns minutos mas ela disse que devia me separar da Doutora... aí bati nela e dei um empurrão pra fora do banheiro – foi o que ela contou, aparentemente ficando bem aliviada no final.
– Só isso? – questionei espantada.
– Foi... me perdoa por ter beijado ela, Doutora? Por favor... eu não queria, mas aconteceu... eu sou só sua, juro que não sei o que houve... me perdoa... – concluiu, me abraçando e voltando a chorar.
Fiquei alguns segundos abraçando e alisando a cabeça da minha gatinha, ao mesmo tempo em que não acreditava. Toda a tensão sexual que havia entre as duas, se resumiu em um beijo quando Lucy estava bêbada? E quando a piranha me citou, minha linda bateu nela e nunca mais aconteceu? Nada de trepadas inesquecíveis, gozadas alucinantes ou chupadas intermináveis?
E eu estava com medo desse tipo de relacionamento bobo e adolescente de duas meninas? Respirei aliviada e me senti uma idiota... pelo menos por parte da Lucy, eram apenas duas boas amigas.
– Ei, ei, calma meu amor... não tem o que perdoar... está tudo bem... ela que é safadinha, você nunca a procurou... está tudo bem – falei, abraçando–a bem forte.
– Mesmo? Não tá triste comigo? – perguntou com os olhos molhados e um grande sorriso.
– Ficaria se fosse você que tivesse entrado no banho dela, ou tivessem ido pra cama depois. Se foi só um beijo, tudo bem – respondi com sinceridade.
– Te amo tanto, Cristy! – disse ela admirada e me abraçando – Foi só isso, mas não aceito que alguém fale que devo me separar da minha esposa... dei um tapão na bestona. E depois disso, as vezes ela passa a mão em mim, mas é de brincadeira. Mas se você acha que isso também deve parar é só falar, que mando ela embora hoje mesmo.
– Não, não sejamos precipitadas... eu vou falar com ela no café... talvez possamos ser amigas – foi minha resposta com um sorriso.
– SÉRIO? Só você mesmo! – gritou minha gatinha, me dando outro abraço – E quando voltar, podemos continuar brincando? – foi o que ouvi, enquanto recebia uma lambida no pescoço.
– Na volta a gente vê – respondi com um suspiro cansado. Felizmente após alguns minutos os lanches chegaram, fomos comer e a conversa continuou tranquilamente, com Lucy contando tudo em detalhes agora.
– Então, antes do show, ela veio no camarim, apertou meus peitos e disse que eu era gostosa... aí tirei a mão dela... aí ela colocou a mão entre minhas pernas e eu ameacei marcar a cara dela com a minha mão... aí disse que se ela não estava feliz, que sumisse... e ela chorou e ficou... aí disse que me amava, que só queria minha felicidade e que apoiava a gente... aí depois do show, veio falar que queria ser sua amiga e conversar... foi isso.
– Vocês duas parecem aquelas colegiais de Mangá que nunca fazem nada... e ela é uma safadinha mesmo... mas me enganei com essa menina, não posso culpa–la por amar minha linda, quem não ama?
– Então Doutora, fiquem amigas por favor... eu gosto muito dela.
– Tá bom gatinha, por você eu faço qualquer coisa – respondi enquanto comia e imaginava que devia ter conversando com ambas muito antes... preciso aprender a controlar melhor meus ciúmes.
Neste instante, Lucy pareceu refletir muito um certo assunto... e de repente, ela soltou:
– Doutora, espero um dia conseguir ser tão adulta e madura como você... sério mesmo.
– Como assim, lindinha? – perguntei, enquanto bebia um suco.
– Você disse que como foi a Shirley que me agarrou e foi só um beijo, então tava tudo bem... mas se a cadela da Pri agarrasse e beijasse a Doutora, eu ficaria muito triste com ela e matava aquela abusada.
Minha respiração travou por um segundo e por pouco, não engasguei. Mas com muita cara de pau, consegui sorrir e alisar a cabeça dela enquanto agradecia a Deus ela não ter perguntado se algo assim já tinha acontecido... eu teria que contar um dia, mas precisava preparar muito bem o terreno antes.
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