segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Minha Gatinha Lucy - Parte V - Cio & Ciúme

Escrever sobre a próxima etapa do relacionamento com a minha gatinha Lucy será divertido, pois envolve tanto o ânimo e vontade que uma menina tão jovem tem em relação ao sexo, quanto o ciúme que ela passou a sentir em relação a sua "Dona".

Sobre o sexo, eu posso afirmar com toda a certeza que ela vivia em um aparente e permanente estado de "cio". Como nunca a vi menstruar em todo o tempo em que esteve na minha casa, só posso inferir que ela tomava injeções de hormônio. E como ela queria sexo todo dia, ao acordar, a noite, de madrugada ou mesmo durante o sábado e domingo inteiros, imagino que não havia nada de errado na sua vida em relação a este assunto.

Minha gatinha andava nua pela casa o tempo todo... no máximo em dias mais frios, colocava uma camisola bem folgada e mais nada... já eu, por ser friorenta, tentava colocar uma calça ou blusa de moleton, apenas para ser atacada, bolinada e ter a roupa arrancada a qualquer momento e em qualquer cômodo.

Preciso admitir que durante as primeiras semanas, ter essa menina ninfomaníaca me perseguindo pelo apartamento foi algo muito excitante... ser recebida ao voltar do trabalho com um beijo apaixonado por alguém que estava emanando tesão, fazia bem a auto estima de qualquer pessoa... já ser atacada durante o banho para transar embaixo do chuveiro me era algo novo e interessante.

E a próxima informação que arranquei dela, foi exatamente em um domingo a noite, quando já estava exausta de toda aquela atividade física. 'Caramba gatinha, como você aguenta tanto assim? Nem na sua idade eu era tão... animada... e olha que já faz uns quinze anos... quer ver, você tem o que, vinte e dois, vinte e três?' perguntei com naturalidade, 'Vinte e um, Doutora' respondeu se aconchegando, enquanto ficava beijando meu pescoço. "Doutora" era o nome pelo qual ela me chamava o tempo todo, nunca Cristina e nem Cris, apenas "Doutora".

Quanto ao fato de que ela havia pedido por uma "Dona", isso só vinha a tona nas dezenas de conversas de travesseiro pela qual passávamos. "Minha dona gosta disso?", "A gatinha está satisfazendo a dona dela?", "Quero brincar com minha dona" e por aí vai... ter uma "Dona" nem era um fetiche tão incomum assim, mas vindo de uma menina com dezesseis anos a menos, na prática que quase podia ser minha filha, isso soava muito real e sincero... as vezes  me perguntava se ela não tinha sido criada pela mãe, ou talvez se ela tinha ficado órfã muito cedo, mas nunca, nunca ousei externar essa questão. Quando minha gatinha Lucy quisesse me contar alguma coisa, ela certamente me contaria.

A primeira vez em que recusei sexo, categoricamente, foi em um período menstrual pesado, com muita cólica, dor e sangue abundante. Imaginava que ela seria compreensiva, mas tanto sua reação como atitude, me deixaram comovida. Minha linda gatinha cuidou de mim por vários dias, fazendo compressas e massagens, pegando remédios, preparando comidinhas que gosto e dormindo abraçadinha enquanto alisava minha cabeça com ternura. Nem parecia ela, mas quando fiquei bem novamente, a versão cuidadora reverteu para a versão tarada em tempo recorde.

Então posso concluir que se o único aspecto de nosso relacionamento fosse o sexo, com certeza seríamos o casal mais feliz da face da terra. Infelizmente nada é tão simples, e o ciúme infantil dela só não gerou uma briga monstruosa, pois tanto minha amiga Priscila como eu, somos pessoas tranquilas e preferimos compreender que Lucy não tinha culpa de ter entendido errado uma brincadeira banal.

Minha amiga já havia falado tantas vezes sobre eu tomar cuidado, saber mais a respeito da Lucy, que um dia fiquei injuriada e pedi para ela nos visitar para ver com seus próprios olhos, que minha gatinha era linda e inofensiva. O convite foi aceito, ela marcou que iria sábado as 15:00 hs, o que permitiu que eu avisasse a gatinha que ela deveria se vestir bem bonito e se comportar, traduzindo, nada de me agarrar enquanto a Priscila estivesse em casa.

Percebi uma certa contrariedade por parte dela, mas como ela não argumentou e nem falou nada, imaginei que não era nada importante. E as 15:10 hs Priscila chegou, a gatinha se ofereceu para abrir a porta e trazer uma bebida para todas e depois se sentou ao meu lado educadamente.

Nossa conversa seguiu tranquilamente por muito tempo, Lucy estava causando uma ótima impressão e notei que Priscila estava impressionada com a educação e comportamento da minha linda gatinha. Mas a tragédia rondou aquela tarde, quando minha amiga fez uma brincadeira boba, que obviamente não foi bem entendida.

'Cris, estou tão feliz por você... nos últimos tempos, você anda tão animada e bonita que anda sendo difícil de resistir, minha amiga... um dia desses vou te agarrar lá na clínica' disse, rindo bastante em seguida, ato que imitei com gosto... Pri era uma ótima amiga, e obviamente nunca haveria nada disso, mas... Lucy não gostou nem um pouco daquela frase... na hora eu não notei, mas ela se aproximou mais e abraçou meu braço direito.

'Luciana, cuide bem dela, você não vai achar outra igual' disse a Pri, desta vez, falando sério. 'Pode deixar... vou cuidar sim, porque ela é minha dona e eu sou só dela... e ela é só minha' foi a resposta em um tom bem agressivo. 'Lucy, isso é forma de falar com nossa convidada?' repreendi ela, meio que levando na brincadeira ainda. 'Tudo bem, Cris, pelo menos você está sendo bem cuidada' respondeu a Pri, rindo. 'A Doutora é minha, não se esqueça disso!' disse Lucy, alto e mais agressivo ainda, enquanto abraçava meu braço bem mais forte.

'Lucy! Por que você está falando assim?' repreendi ela, agora a sério. 'Você ouviu... essa... essa aí... vem na nossa casa dizer na minha cara... que vai te agarrar... ninguém pode te agarrar... eu sou só sua e você é só minha' explicou Lucy, soluçando e começando a chorar enquanto abraçava mais ainda meu braço. A incredulidade no olhar da Pri devia ser bem parecida com a minha, já que não acreditamos que ela havia levado a sério aquela brincadeira. E como poderia brigar com ela, que simplesmente estava chorando por imaginar que a Priscila me agarraria no trabalho? Foi a própria que havia dito isso.

'Lucy, ela estava brincando, calma... somos super sérias no trabalho e apenas amigas... é de você que eu gosto, sua boba' falei para tranquilizá-la, tentando fazer ela parar de chorar. Pri ficou claramente envergonhada e saiu do outro sofá, sentando-se ao lado dela e disse 'Luciana, desculpe... era brincadeira, eu nunca faria isso... gosto da Cris como amiga e fico feliz de vocês estarem bem... ela fala de você todo dia, você é super importante para a minha amiga'. 'Tá...' foi a única resposta dela, começando a se acalmar.

Resumindo, nós duas passamos quase meia hora explicando que era brincadeira e a bajulando sobre o quanto ela era importante pra mim... até que felizmente voltou ao normal como se nada tivesse acontecido. E dois dias depois na clínica, rimos muito de como uma brincadeira boba havia sido levada tão a sério. Mas no final, isso serviu para acender um alerta importante:

'Cris, ela é um amorzinho e uma graça, mas é muito jovem e imatura... se você realmente ficar com ela, se prepare para ensinar e relevar muita coisa' disse, me alertando sobre possíveis conflitos futuros. 'Eu sei, mas como vou me separar dela? Você ouviu, eu sou sua dona.' respondi com um sorriso. 'Então boa sorte amiga, gatos são ciumentos e se provocados, atacam... tome cuidado' disse, batendo no meu ombro. 'Pode deixar, ela vale o trabalho...' respondi, realmente otimista em relação a nosso relacionamento.

Ela valia o trabalho e a paciência que eu tinha que ter... afinal, era obrigação da dona, alimentar, abrigar, educar e amar a sua gatinha... e sem eu nem notar, era exatamente isso que estava acontecendo... não sei quando começou, mas ela realmente estava se apoderando de meu coração.

Mesmo não admitindo isso pra ninguém, eu estava começando a amar a Lucy.


6 comentários:

  1. Meu deus, a história tomou um rumo muito diferente do que eu esperava, falta pouco para o climax, que história massa, nem sei o que dizer, esse capitulo anulou minhas teorias. Menos a de ela ser um gato que virou humana, mas é, não da. Ela falou que tem 21 anos se não me engano, isso destroi a teoria

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  2. Complexo, né? Como a vida normalmente é...

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  3. Obrigado amigo Fabiano... vai sim, após alguns ajustes e complementos... Abs

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