Boa tarde a todos,
E aqui quem vos fala é o Daniel... precisamente no dia do Natal, quase 4 horas da tarde... bom, vim deixar alguns recados e comentários.
Graças a Deus ainda estamos aqui... trabalhando, fazendo as coisas e ainda de férias da "obrigação" de postar scans... A Gibiteca continua no ar, apesar de que alguns links devem ter expirado e até o momento, não tive ânimo / paciência / vontade / tempo / saco de recoloca-los (podem escolher uma ou várias das opções possíveis).
Mas seguimos... continuo escrevendo meus contos, só não publico, passei o ano todo em um projeto inacreditável de quadrinhos, mas que não divulguei nem um A para quase ninguém, pois é algo extremamente pessoal...
E o que acontece em 2023? Não sei ainda, mas vamos as opções possíveis:
- Um dia qualquer, talvez retome o lançamento de scans, sem periodicidade garantida ou obrigação de nada...
- O Almir talvez apareça de novo e poste novos scans e talvez arrume alguns links expirados...
- Meu projeto de quadrinhos talvez seja divulgado, talvez impresso ou talvez publicado aqui... vai saber...
- Talvez eu lance meus novos contos, que escrevo mais para mim mesmo, mas que talvez eu jogue aqui... são eles:
* Professora Mari
Simone é uma mãe solteira que descobre que a desconhecida com quem saiu recentemente, na verdade é a nova professora de sua pequena filha.
* Meu Querido Casal
Após "Minha Gatinha Lucy" e "Minha Linda Baterista", a continuação da História de Luciana & Cristina, deste vez, pela ótica da Linda Baterista Shirley.
* Corporação Gaia
2 Anos após o "Mancha Neural", o retorno de Natasha e a conclusão de Nova Patópolis... que eu não lancei ainda simplesmente porque estava pronto e um pouco antes veio a pandemia de Covid... leiam o trecho abaixo e descubram porque evitei lança-lo...
Enfim, no final, um trecho de cada um deles... todos quase prontos, mas ainda com detalhes a concluir...
De resto, oque vim fazer aqui?
Desejar um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo para todos vocês que me acompanharam por tantos anos
Sei que andei sumido, mas são voltas que a vida dá...
Quem sabe em breve retorno com mais novidades... por hora fiquem com alguns trechos das histórias que saem da minha cabeça (rs)
Abs a todos e tudo de bom!!!
Daniel
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Meu Querido Casal
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Neste momento a Lu travou, parecia que nem respirava, certamente por nunca imaginar ouvir eu falar isso. Seus lindos olhos estavam vazios e perdidos, juntamente com o rosto encharcado de lágrimas. E por demorados e tensos segundos, meu amor me encarava sem saber o que dizer. E eu... eu sabia que devia manter essa baita mentira para o bem da pessoa por quem eu faria qualquer coisa.
Mas se parar pra pensar, tudo que está acontecendo hoje é simplesmente o clímax da minha história com a Lu e a Cris, o casal mais lindo e fofo que já conheci. Depois da turnê no ano passado, ficamos tão próximas que eu sempre me refiro a elas como "meu querido casal".
E tudo transcorria na mais completa paz e normalidade (na realidade o que nós três malucas, consideramos como normal), pelo menos até sábado passado... mais precisamente, até a hora do jantar no sábado passado, dia 17 de Dezembro.
Afinal, como eu poderia prever que um simples e tranquilo jantar teria o poder de transformar nossas vidas no inferno que foi esta última semana? Bem no finalzinho deste ciclo, apesar de tudo que conquistamos nestes últimos dois anos, no tempo de um simples jantar, nós três, simplesmente três idiotas complicadas, conseguimos a proeza de destruir tudo que foi construído durante quase uma década.
Mas talvez eu mereça... uma semana de inferno e agora o ódio da pessoa que eu mais amo... mas não importa, se eu conseguir resolver isso para o meu querido casal, teria realizado minha missão, e depois poderei ir embora da vida delas para sempre... de coração machucado, mas de alma leve e consciência limpa.
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Professora Mari
- Tá bom - concordei e me ajoelhei para cumprir seu pedido. No fundo, gostava de fazer as coisas por ela, mas tentava equilibrar com alguns incentivos pela sua independência. E foi nessa posição, olhando para baixo para amarrar seu tênis, que ouvi:
- Boa tarde, mãe... prazer em conhecer vocês.
Essa voz... eu travei e não consegui terminar o nó... não podia ser... Meu coração acelerou e ainda ajoelhada, virei minha cabeça levemente a direita para olhar pra cima.
- Qual o seu nome meu amor? - ouvi na sequência, já olhando pra ela, sem acreditar.
- Evelyn, Professora... mas a Mamãe e minhas amigas me chamam de Eve.
- Então eu quero ser sua amiga e te chamar de Eve. Quer ser minha amiga, Eve?
- Quero! Mamãe, ainda não deu o nó no meu tênis? - disse minha filha, praticamente me tirando do transe. Levantei rapidamente e tentei me recompor.
- Bo-boa tarde... meu nome é Simone, mãe da Evelyn... eu entrei para... conhecer a professora do primeiro ano.
- Sou eu mesma, professora Mari. É um prazer lhe conhecer, Simone.
- I-igualmente.
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Corporação Gaia
- Com o passar dos séculos, este grupo cresceu muito, sendo sempre formado por cientistas preocupados com o meio ambiente. E nos locais de reunião, as mais brilhantes mentes de cada época, que sempre estavam a frente do conhecimento científico vigente. Na realidade eles só forneciam conhecimento para o próprio grupo ou para quem pudesse pagar muito por ele.
- Sei...
- Agora vamos avançar um pouco... com mais de trezentos anos de pesquisas após o primeiro deles ter tido contato com Gaia, eles aprenderam a isolar culturas de bactérias e fungos. E foi após isso que a Irmandade decidiu fazer seu primeiro grande ataque, aquele que deveria limpar a Europa, o epicentro da imundície.
- E como foi o "ataque"?
- Eles já tinham isolado com sucesso o fungo "Penicillium notatum", mas a grande chance foi quando isolaram a bactéria "Yersinia Pestis".
- Fala sério! - disse Mickey sentindo um arrepio.
- Sim... os membros da irmandade se inocularam com Penicilina, garantindo a vida deles, para depois contaminarem centenas de ratos com esta bactéria. E entre 1346 e 1353, mais da metade da população da Europa, Ásia e África morreram, cerca de duzentos milhões de vítimas, pereceu com a Peste.
- Você está dizendo que a Peste Negra foi um ataque biológico e que eles já tinham antibióticos, e que poderiam ter curado as pessoas? - questionou Mickey com incredulidade.
- Exato.
Minnie teve uma sensação muito ruim ao ouvir tudo isso, mas preferiu ficar quieta.
Mickey se levantou e andou nervosamente de um lado para o outro. Claro que a história era ridícula, mas só de imaginar por um segundo que podia ser verdade, seu convidado estaria falando do maior genocídio da história.
- Isso está passando e muito de ser uma história razoável - disse Mickey se sentando novamente - Mas... continue.
- Tudo bem, outro detalhe extremamente importante da época deste ataque foi como os próprios membros reagiram a matança que estava ocorrendo... como você pode imaginar em qualquer grupo, sempre existem os mais radicais e os mais moderados... a matança em massa não era uma unanimidade, mas os radicais tiveram mais força e o fizeram.
- E?
- O grupo mais radical gerou uma dissidência dentro da Irmandade, e suas ações só foram aceitas pelo medo de que se fundassem outro grupo, poderiam de tornar bem mais perigosos... de qualquer forma, os próprios radicais começaram a se reunir sozinhos e decidir por ações isoladas. A maior de todas, foi ao perceberam que as mortes pela Peste não ocorriam na velocidade necessária para expurgar a Europa.
- E?
- Diversos membros da Irmandade passaram a se vestir com as roupas dos médicos da época, aquela negra com máscara de couro e bico de ave. Sabe do que falo?
- Claro...
- E disfarçados de médicos, eles visitavam os doentes terminais para tirar amostras das pústulas, praticamente culturas de bactérias... e as usavam para criar "remédios" que deviam ser jogados nos poços ou esfregados em ferimentos de pessoas não contaminadas...
- Meu... Deus - sussurrou Minnie, apesar do silêncio de Mickey.
- O que foi? Você acha isto tão absurdo assim? E o que dizer dos "pioneiros" americanos que distribuíam cobertores para os índios? Dos doentes de varíola...
- Não... não é absurdo... não tanto quanto a história inteira - retrucou ele.
- Pense como quiser, mas saiba que este grupo radical se nomeava "Os Arautos da Morte Negra" e para se identificarem entre si, todos usavam uma bengala de madeira maciça com uma empunhadura de prata, com o formato de uma cabeça de corvo.
...