segunda-feira, 4 de março de 2013

Descobri o quê é um analfabeto funcional...

Boa tarde Pessoal,

A história que vou contar hoje não tem a haver com gibis e sim, com o nível de educação atual em nosso amado país.

Eu valorizo muito a educação e a leitura. Uma das formas que ajudo neste sentido é exatamente compartilhar os gibis. Leitura gratuita e disponível para todos.

Mais recentemente, os livros de Nova Patópolis. Muitas pessoas que curtem gibis, passaram a ter contos com nossos personagens favoritos.

Considerando tudo, fiquei abismado com um diálogo que presenciei ontem.

Vamos ao contexto:

Eu estava no bairro da Liberdade, o paraíso nerd de São Paulo. Em seus pequenos shoppings, como o Sogo Plaza, conseguimos encontrar qualquer coisa.

Quer fazer cosplay? Existem diversas lojas de fantasia. Quer comprar jogos de PS2, XBox e WII? Tem... Quer animes originais com legenda em português? Tem... Figura de ação? Tem... RPG? Tem... Cards? Tem... Guloseimas ? Tem muito... E muito mais...

Eu estava em uma lojinha vendo chaveiros com personagens do Mario Bros. Enquanto estava lá, entrou uma menina de mais ou menos 17 anos. Como falava alto, deu para seguir todo o diálogo depois.

Ela escolheu uma capa de celular temática. A partir daí, veio a conversa:

- Quanto é?

- 28,00 reais.

A menina entregou uma nota de 50,00.

A vendedora pegou o troco (uma nota de 20,00 e uma de 2,00) e devolveu.

A menina olhou para o dinheiro. Pensou um pouco e disse:

- Tá certo este troco?

- Sim.

- Eu não sou boa em matemática. Me dá uma calculadora para eu ver se está certo.

Eu fiquei tão surpreso com esta afirmação que saí da loja. Não quis acompanhar o desfecho após ela fazer a conta na calculadora.

Não era uma menina de rua, estava bem vestida, falava bem e comprou uma capa de 28,00.

E não sabe ou não quer fazer uma conta de 50 - 28 ?

As pessoas de hoje em dia andam me assustando...

Grande abraço,

Daniel

6 comentários:

  1. Oi Daniel, que decadência estamos vivendo. E pessoas assim, confundem 0,5 mg com 5,0 mg na hora de aplicar um medicamento se trabalharem na rede pública de saúde, por exemplo. Acredite: ficaremos velhinhos e indefesos nas mãos destas novas gerações, que estarão no auge de sua "maturidade" decidindo os destinos da nação.

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    1. Nem me diga Paulo,

      Foi um misto de surpresa com incredulidade que assusta... Espero que outros representantes desta geração compensem este tipo de gente...

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  2. É tudo uma questão de hábito. Infelizmente, a situação aqui em Portugal é a mesma, logo desde novos os alunos acostumam-se a usar a calculadora para as contas mais simples, ficando dependentes delas e não ganham prática no cálculo mental. Agora, com o novo ministro da Educação (ele próprio professor de Matemática) está a ser tentada uma nova política de mais exigência, mas para a geração actual receio que já venha tarde. E é melhor nem falar na forma como se escreve e se dão erros agora...

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    1. Realmente...

      Minha mãe estudo até o 4° ano primário e até hoje sabe todas as tabuadas e faz qualquer conta de cabeça... Hoje, alguns professores até incentivam a calculadora...

      Espero que um dia esta situação melhore...

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